domingo, 9 de março de 2014

Abordagem bilingue na escolarização da pessoa com surdez

1-    Introdução

1.2 -Educação Escolar de Pessoas com Surdez


                A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) vem ao encontro do propósito de mudanças no ambiente escolar e nas práticas sociais/institucionais para promover a participação e aprendizagem dos alunos com surdez na escola comum. Muitos desafios precisam ser enfrentados e as propostas educacionais revistas, conduzindo a uma tomada de posição que resulte em novas práticas de ensino e aprendizagem consistentes e produtivas para a educação de pessoas com surdez, nas escolas públicas e particulares.
                Na perspectiva inclusiva da educação de pessoas com surdez, o bilinguismo que se propõe é aquele que destaca a liberdade de o aluno se expressar em uma ou outra língua e de participar de um ambiente escolar que desafie seu pensamento e exercite sua capacidade perceptivo-cognitiva, suas habilidades para atuar e interagir em um mundo social que é de todos, considerando o contraditório, o ambíguo, as diferenças entre as pessoas.
                De acordo com o decreto 5.626, de 5 de dezembro de 2005, as pessoas com surdez têm o direito a uma educação que garanta a sua formação, em que a Língua Brasileira de Sinais e a Língua Portuguesa, preferencialmente na modalidade escrita, continuam línguas de instrução, e que o acesso às duas línguas ocorra de forma simultânea no ambiente escolar, colaborando para o desenvolvimento de todo o processo educativo.
                                        O significado social da surdez está ligado à ausência da                          linguagem comum à maioria, mas não se pode negar características                            próprias a comunidade surda sob o risco de negar recursos de                                        integração” (Fernades, 1990).
                A proposta de educação bilíngue pauta a organização da prática pedagógica na escola comum, na sala de aula comum e no AEE.
                A proposta didático-pedagógica para se ensinar português escrito para os alunos com surdez orienta-se pela concepção bilíngue – Libras e Português escrito, como línguas de instrução destes alunos. A escola constitui o lócus da aprendizagem formal da Língua Portuguesa na modalidade escrita, em seus vários níveis de desenvolvimento. Na educação bilíngue os alunos e professores utilizam as duas línguas em diversas situações do cotidiano e das práticas discursivas.
               
2 – Conclusão

                De acordo com o que muitos pesquisadores abordam é que a abordagem bilíngue pretende que ambas as línguas a gestual (LIBRAS) e a oral (Português), sejam ensinadas e usadas de forma que uma interfira e/ou prejudique a outra.
                Portanto, as duas línguas seriam utilizadas em situações diferentes, em momentos linguísticos diferenciados.
                Sendo assim, o objetivo principal do bilinguismo é comunicação da pessoa com surdez em sua totalidade, tanto no oral, gestual e escrito.

3 – Bilbiografia

KOZLOWSKI, Lorena; A Proposta Bilíngue de Educação do Surdo.

ALVEZ, Carla Barbosa. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: abordagem bilíngue na escolarização de pessoas com surdez / Carla Barbosa Alvez, Josimário de Paula Ferreira, Mirlene Macedo Damázio. - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza]: Universidade Federal do Ceará, 2010. v. 4. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar).



[1]              KOZLOWSKI, Lorena; A Proposta Bilíngue de Educação do Surdo.

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