1-
Introdução
1.2
-Educação Escolar de Pessoas com Surdez
A Política Nacional de Educação Especial na
Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) vem ao encontro do propósito de
mudanças no ambiente escolar e nas práticas sociais/institucionais para promover
a participação e aprendizagem dos alunos com surdez na escola comum. Muitos
desafios precisam ser enfrentados e as propostas educacionais revistas,
conduzindo a uma tomada de posição que resulte em novas práticas de ensino e
aprendizagem consistentes e produtivas para a educação de pessoas com surdez,
nas escolas públicas e particulares.
Na perspectiva inclusiva da educação de pessoas com
surdez, o bilinguismo que se propõe é aquele que destaca a liberdade de o aluno
se expressar em uma ou outra língua e de participar de um ambiente escolar que
desafie seu pensamento e exercite sua capacidade perceptivo-cognitiva, suas
habilidades para atuar e interagir em um mundo social que é de todos,
considerando o contraditório, o ambíguo, as diferenças entre as pessoas.
De acordo com o decreto 5.626, de 5 de dezembro de
2005, as pessoas com surdez têm o direito a uma educação que garanta a sua
formação, em que a Língua Brasileira de Sinais e a Língua Portuguesa,
preferencialmente na modalidade escrita, continuam línguas de instrução, e que
o acesso às duas línguas ocorra de forma simultânea no ambiente escolar,
colaborando para o desenvolvimento de todo o processo educativo.
“O significado social da surdez está
ligado à ausência da linguagem comum à maioria, mas não se pode
negar características próprias
a comunidade surda sob o risco de negar recursos de integração”
(Fernades, 1990).
A proposta de educação bilíngue pauta a organização
da prática pedagógica na escola comum, na sala de aula comum e no AEE.
A proposta didático-pedagógica para se ensinar
português escrito para os alunos com surdez orienta-se pela concepção bilíngue
– Libras e Português escrito, como línguas de instrução destes alunos. A escola
constitui o lócus da aprendizagem formal da Língua Portuguesa na modalidade
escrita, em seus vários níveis de desenvolvimento. Na educação bilíngue os
alunos e professores utilizam as duas línguas em diversas situações do
cotidiano e das práticas discursivas.
2 – Conclusão
De acordo com o que muitos pesquisadores abordam é
que a abordagem bilíngue pretende que ambas as línguas a gestual
(LIBRAS) e a oral (Português), sejam ensinadas e usadas de forma que uma
interfira e/ou prejudique a outra.
Portanto, as duas línguas seriam utilizadas em
situações diferentes, em momentos linguísticos diferenciados.
Sendo assim, o objetivo principal do bilinguismo é
comunicação da pessoa com surdez em sua totalidade, tanto no oral, gestual e
escrito.
3 – Bilbiografia
KOZLOWSKI,
Lorena; A Proposta Bilíngue de Educação do
Surdo.
ALVEZ,
Carla Barbosa. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: abordagem
bilíngue na escolarização de pessoas com surdez / Carla Barbosa Alvez,
Josimário de Paula Ferreira, Mirlene Macedo Damázio. - Brasília: Ministério da
Educação, Secretaria de Educação Especial; [Fortaleza]: Universidade Federal do
Ceará, 2010. v. 4. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão
Escolar).